MEIOS E FINS DO DESENVOLVIMENTO: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS AGRICULTORES FAMILIARES DE ITAPEJARA D'OESTE/PR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.54399/rbgdr.v19i2.5412

Palavras-chave:

Desenvolvimento, Heterogeneidade, Bem-Estar.

Resumo

Renda, riqueza e progresso econômico nem sempre são suficientes para expressar a melhoria da condição de vida de uma comunidade, muitos paí­ses com elevado PIB não conseguem resolver seus problemas sociais de pobreza e fome, o que evidencia a necessidade de se considerar outras dimensões para medir o bem-estar humano. E, num contexto especí­fico da agricultura familiar brasileira, pergunta-se: quais variáveis meio e fim do desenvolvimento podem ser empregadas como indicadores que significam a ampliação da liberdade e a promoção do bem-estar rural? Assim, procurar-se-á levantar os fins e meios do desenvolvimento entre os agricultores familiares de Itapejara d'Oeste nos anos de 2005, 2010, 2015. E, como base neste estudo de painel estabelecer uma estatí­stica descritiva e uma análise inferencial econométrica dos dados que permitam perceber os movimentos e condicionantes do fortalecimento do patrimônio, renda, escolaridade, saúde, sucessão e relações sociais, tratados como indicador fim – Idaf. Para tanto, admite-se existir uma heterogeneidade de contextos, onde os ativos e o seu fortalecimento podem tanto representar expansão do desenvolvimento em um cenário, como retração em outro. Por fim, os resultados deste estudo indicam que nem todos os meios considerados para o desenvolvimento explicam os fins expressos no í­ndice proposto, o efeito probabilí­stico sobre o Idafse deu nos ní­veis de uso do crédito de custeio e investimento, na renda per capita dos integrantes, migrações, superfí­cie agrí­cola útil, unidade de trabalho humano, escolaridade do chefe da famí­lia, e nas proporções de transferências sociais e autonomia das rendas do trabalho.

Biografia do Autor

Simão Ternoski, Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO

Professor lotado no Dpto de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO. Doutorando e Mestre em Desenvolvimento Regional pelo PPGDR/UTFPR

Miguel Angelo Perondi, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Professor lotado no Dpto de Agrárias do Campus Pato Branco da da Universidade Tecnológica Federal do Paraná  (UTFPR) desde 1994. Doutor em Desenvolvimento Rural pela UFRGS em 2007. Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) desde 2010.

Referências

ARGUETA, Arturo. Sistemas de saberes ambientales, naturaleza y construcción del Bien vivir. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 35, dez. 2015, p. 147-159. Disponí­vel em: https://bit.ly/2VSvYCG Acesso em: 25 mar. 2020.

BACEN - Banco Central do Brasil. Cotações e boletins. 2020. Disponí­vel em: https://bit.ly/3bTwUvZ Acesso em: 13 jan. 2020.

DATASUS. Ministério da Saúde. Índice de Gini da Renda Domiciliar Per Capita - Paraná, 2020. Disponí­vel em: https://bit.ly/2SlOJvP Acesso em: 15 jan. 2020.

DUSSEL, Enrique. Europa, Modernidade e Eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo (Org.) A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005. Disponí­vel em: https://bit.ly/36zJo9o Acesso em: 23 dez. 2019.

ELLIS, Frank. Rural livelihoods and diversity in developing countries. Oxford: Oxford University, 2000.

ESCOBAR, Arturo. La invención del Tercer Mundo: Construcción y deconstrucción del desarrollo. Caracas, Venezuela, 2007.

ESCOBAR, Arturo. Territorios de diferencia: la ontologí­a polí­tica de los "derechos al territorio". Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 35, dez. 2015, p 89-100. Disponí­vel em: https://revistas.ufpr.br/made/article/download/43540/27088 Acesso em: 23 dez. 2019.

FURTADO, Celso. Pequena introdução ao desenvolvimento. São Paulo: Ed. Nacional, 1980.

FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. 18ª ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1982.

GRANOVETTER, Mark. Ação Econômica e Estrutura Social: o problema da imersão. RAE - eletrônica, v 6, jan/jun, 2007. Disponí­vel em: https://bit.ly/2VR5IZq Acesso em: 14 jan. 2020.

GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocí­dios/epistemicí­dios do longo século XVI. Sociedade e Estado. Brasí­lia, v. 31, nº. 1, p. 25-49, abr. 2016. Disponí­vel em: https://bit.ly/35kcnOT Acesso em: 21 dez. 2019.

GUDYNAS, Eduardo. Buen vivir: Germinando alternativas al desarrollo. Revista América Latina en Movimiento, nº 462, año XXXV, II época, fevereiro de 2011, p. 1-20. disponí­vel em: https://www.alainet.org/sites/default/files/alai462.pdf Acesso em: 14 jan. 2020.

GUJARATI, Damodar. Econometria Básica, 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica. Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017, publicado em 26 de abr. de 2018. Disponí­vel em: https://bit.ly/3d5qD0z Acesso em: 17 jan. 2020.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica. Produto Interno Bruto dos Municí­pios. 2019a. Disponí­vel em: https://bit.ly/2scUIch Acesso em: 11 dez. 2019.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica. IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. 2019b. Disponí­vel em: https://bit.ly/3f7kW43 Acesso em: 19 dez. 2019.

INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Análise Diagnóstico de Sistemas Agrários, 2011. Disponí­vel em: https://bit.ly/2SkdiJy Acesso em: 04 jan. 2020.

KUHN, Daniela Dias; WAQUIL, Paulo Dabdab; COSTA, Ana Monteiro; MATTOS, Ely José de; FRITZ, Karen Beltrame Becker; GIANLUPPI, Luciana Dal Forno. Pobreza no Rio Grande do Sul: a heterogeneidade revelada pela abordagem das capacitações nos municí­pios gaúchos. Teoria e Evidência Econômica, vol.14, nº 26, pp.113-134. 2006. Disponí­vel em: https://bit.ly/3f4SIGR Acesso em: 13 jan. 2020.

LIMA. Arlindo Jesus Prestes de; BASSO, Nilvo; NEUMANN, Pedro Selvino; SANTOS, Alvori Cristo dos; MULLER, Artur Gustavo. Administração da Unidade de Produção Familiar: modalidade de trabalhos com agricultores. Ijuí­: UNIJUÍ, 1995.

POLANYI, Karl. A grande transformação. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1980.

PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. De saberes e de territórios: diversidade e emancipação a partir da experiência Latino-Americano. GEOgraphia. v. 8, n. 16. 2006, p. 37-52. Disponí­vel em: https://bit.ly/3f6AO6M Acesso em: 20 nov. 2019.

QUIJANO, Aní­bal. "Bien vivir" : entre el "desarrollo" y la des/colonialidad del poder. In: Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014. Disponí­vel em: https://bit.ly/2xl35p2 Acesso em: 23 dez. 2019.

RICARDO, David. Princí­pios de economia polí­tica e tributação. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1985.

SCHULTZ, Theodore W. A Transformação da agricultura tradicional. Rio de Janeiro: Zahar. 1965.

SEMA – Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hí­dricos. Instituto das Águas do Paraná. Sistema de Informações Hidrológicas - SIH. Relatório de Totais Mensais de Precipitação. 2020. disponí­vel em: https://bit.ly/3bSuLk6 Acesso em: 15 jan. 2020.

SEN, Amartya. Pobreza e Fome. Lisboa: Terramar, 1999.

SEN, Amartya. Desenvolvimento como Liberdade. São Paulo: Companhia das Letras. 2000.

SEN, Amartya. Desigualdade Reexaminada. Rio de Janeiro: Record, 2001.

THE WORD BANK. Quase metade do mundo vive com menos de USD $5.50 por dia. Publicado em: 17 out. 2018. Disponí­vel em: https://bit.ly/2Yw9Kbp Acesso em: 13 jan. 2020.

WOOLDRIDGE, Jeffrey M. Introdução à Econometria. São Paulo: Cengage Learning, 2016.

Publicado

05.09.2023

Como Citar

TERNOSKI, S., & PERONDI, M. A. (2023). MEIOS E FINS DO DESENVOLVIMENTO: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS AGRICULTORES FAMILIARES DE ITAPEJARA D’OESTE/PR. Revista Brasileira De Gestão E Desenvolvimento Regional, 19(2). https://doi.org/10.54399/rbgdr.v19i2.5412

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)