MARCA TERRITORIAL COMO ESTRATÉGIA NOS PLANOS ESTADUAIS DE TURISMO: OS CASOS RN, RO E RS

Autores

  • Giovana Goretti Feijó de Almeida CiTUR, Leiria, Portugal https://orcid.org/0000-0003-0956-1341
  • Guilherme Bridi Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) http://orcid.org/0000-0003-1848-9476
  • Edson Modesto de Araújo Júnior Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
  • Nayara Cristina Santana da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Mellyssa Layla Barbosa Damasceno Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

DOI:

https://doi.org/10.54399/rbgdr.v18i2.5371

Palavras-chave:

Turismo. Plano de turismo estadual. Gestão turí­stica. Marca territorial. Estratégias.

Resumo

O presente estudo contempla a discussão das relações entre planos estaduais de turismo e marcas territoriais na realidade de estados brasileiros. O objetivo é compreender se (e como) Rio Grande do Norte, Rondônia e Rio Grande do Sul estariam desenvolvendo seus planos de turismo estadual baseados nas marcas territoriais como estratégia para o desenvolvimento turí­stico, estendendo essa compreensão para o grau de inserção dessas marcas nesses documentos especí­ficos. A metodologia é de natureza qualitativa, sendo um estudo descritivo-explicativo. Utiliza-se de pesquisa bibliográfica e documental, com coleta de dados nos sites oficiais de turismo, além dos Planos Estratégicos e de Marketing Turí­stico e marcas territoriais adotadas nos três estados analisados. Faz-se a análise  comparativa entre as realidades investigadas a partir do aprofundamento de oito categorias analí­ticas preestabelecidas. Os resultados apontam que o RN se encontra num patamar mais avançado nas estratégias para expansão de sua marca turí­stica. No RS, as ações de desenvolvimento do turismo vêm perdendo espaço, identificando-se a necessidade de recuperar e renovar sua marca.  Já a realidade de RO revela que estado ainda se encontra num estágio inicial do desenvolvimento de ações estruturantes e estratégicas voltadas ao desenvolvimento de sua marca. A conclusão reitera a existência de marcas territoriais nos planos estaduais do turismo nos três estados do Brasil.

Biografia do Autor

Giovana Goretti Feijó de Almeida, CiTUR, Leiria, Portugal

Pesquisadora no Centre for Tourism Research, Development, and Innovation (CiTUR), Polytechnic of Leiria, Portugal. Pós-Doutora em Gestão Urbana/Cidade Digital Estratégica (PUCPR, Brasil). Doutora e Mestra em Desenvolvimento Regional (UNISC, Brasil). Recebeu Menção Honrosa no Prêmio Nacional Capes de Teses 2019, na área PUR/D. Bacharel em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) com pós-graduação em Branding (UNISC, Brasil). Autora dos livros: "Identidade Territorial e Branding de Marcas Regionais" e "Marcas e Territórios: a construção simbólica de Porto Alegre". E-mail: goretti.giovana@gmail.com

Guilherme Bridi, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Doutor em Desenvolvimento Regional (UNISC). Bacharel e Mestre em Turismo (UCS). Professor permanente do Departamento de Turismo (DETUR) na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). E-mail: guime70@gmail.com

Edson Modesto de Araújo Júnior, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Doutor em Desenvolvimento Regional (UNISC). Mestre em Comunicação na Universidade de Marí­lia (UNIMAR). Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo (UVA). Professor Adjunto permanente na Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e professor titular no Núcleo de Pesquisa e Pós-graduação, Extensão. Coordenador do Departamento de Ciências da Informação e Presidente do Núcleo de Extensão do NUCSA. E-mail: modesto@unir.br

Nayara Cristina Santana da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Mestranda em Turismo (PPGTUR-UFRN). Bacharel em Turismo e Guia de Turismo Regional (ESTíCIO). Gerente de Promoção Internacional na Empresa Potiguar de Promoção Turí­stica (EMPROTUR). E-mail: nayaracsturismo@gmail.com

Mellyssa Layla Barbosa Damasceno, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Bacharel em Turismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Guia de Turismo Regional pela Universidade Potiguar (Unp). Email: mellyssa20layla@gmail.com 


Referências

AAKER, D. Criando e administrando marcas de sucesso. São Paulo: Futura, 1996.

ACERENZA, M. Á. Administración del turismo: planificación y dirección. Trillas, 2000.

ALMEIDA, G. G. F. Marca territorial como produto cultural no âmbito do Desenvolvimento Regional: o caso de Porto Alegre, RS, Brasil. 2018. Tese Doutorado em Desenvolvimento Regional, PPGDR, UNISC, Universidade de Santa Cruz do Sul. Disponí­vel em: http://hdl.handle.net/11624/2246.

BARRETTO, M. Planejamento responsável do turismo.Campinas: Papirus, 2005

BENI, M. Polí­tica e planejamento de turismo no Brasil. São Paulo: Aleph, 2006

BORGES, G.; ET AL. Destinos indutores de turismo regional como polí­tica de governabilidade estadual no Brasil: análise dos estados de Minas Gerais e Bahia a partir do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Journal of Globalization, Competitiveness & Governability, V. 9, N. 2, p. 76-88, 2015.

BRANDíO, P.; BALDI, M.; ALBAN, M. Descentralização da gestão pública do turismo brasileiro; análise da participação dos atores privados no Conselho Nacional de Turismo. Tourism and Management Studies, V. 10 (Special Issue), p. 193-199, 2014.

BRASIL, Ministério do Turismo. Anuário Estatí­stico de Turismo 2019. Vol.46, Ano Base 2018, 2ª Ed., Dez/2019. Disponí­vel em: http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/2016-02-

-11-53-05/item/381-anuario-estatistico-de-turismo-2019-ano-base-2018/381-anuario-estatistico-de-turismo-2019-ano-base-2018.html .

BRIDI, G. Participação dos atores turí­sticos em sistemas de governança em turismo: um estudo a partir dos municí­pios de Bento Gonçalves (RS), Bonito (MS) e Ouro Preto (MG). Tese Doutorado em Desenvolvimento Regional, PPGDR, UNISC, Universidade de Santa Cruz do Sul. Disponí­vel em: http://hdl.handle.net/11624/1805.

CLANCY, M. Brand New Ireland: Tourism, development and national identity in the Irish Republic. Routledge, 2016.

COOPER, C. Knowledge management and research commercialisation agendas. 2002.

COSTA, A. R.; AZEVEDO, A. J. Destination branding: o papel dos stakeholders na gestão da marca de destino – o caso da região do Douro (Portugal). Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional (G&DR), V. 11, N. 1, p. 182-205, jan-abr/2015.

COSTA, B. K; BOAVENTURA, J. M. G.; DA SILVA BARRETO, L. M. T. Formulação de estratégias no turismo: um estudo em órgãos municipais do Estado de São Paulo. Revista Turismo em Análise, v. 21, n. 1, p. 110-129, 2010.

COSTA, H. A.; GONÇALVES, J. S.; HOFFMANN, V. E. Cooperação entre micro e pequenas empresas de hospedagem como fonte de vantagem competitiva: estudo dos albergues de Belo Horizonte (MG). In: IX SEMINÁRIO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM TURISMO UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI, 2014, São Paulo. Anais... São Paulo, 2014.

DA SILVA, F. C. Planejamento regional com foco em arranjos produtivos locais: a experiência recente do Estado do Pará. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, v. 3, n. 2, 2015.

DA SILVA MARANHíO, C. H. A trajetória histórica da institucionalização do turismo no Brasil. Revista de Turismo Contemporâneo, v. 5, n. 2, 2017.

DEMO, P. Metodologia do conhecimento cientí­fico. São Paulo: Atlas, 2000.

DE QUEIROZ, L. A. Turismo na Bahia: estratégias para o desenvolvimento. Empresa Gráfica da Bahia, 2002.

ERIKSSON, J. The role of unique attractions in the hyper competitive market of world tourism. Retrieved December, v. 1, p. 2013, 2013.

FALCíO, M. T. S. Para uma avaliação da Polí­tica Estadual de Turismo do Ceará: a SETUR e suas ações na transformação da realidade socioespacial dos destinos indutores do Ceará. 2013.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GOTHAM, K. F. (Re)Branding the big easy: tourism rebuilding in post-Katrina New Orleans. Urban Affairs Review, v. 42, n. 6, p. 823-850, 2007.

HALL, C. M. Planejamento turí­stico: polí­ticas, processos e relacionamentos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2004.

INPI. Site institucional do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual. Disponí­vel em: http://www.inpi.gov.br.

LADEIRAS, A.; MOTA, A; COSTA, J. Strategic tourism planning in practice: the case of the Open Academy of Tourism. Worldwide Hospitality and Tourism Themes, v. 2, n. 4, p. 357-363, 2010.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia cientí­fica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

LEE, Anne HJ; WALL, Geoffrey; KOVACS, Jason F. Creative food clusters and rural development through place branding: Culinary tourism initiatives in Stratford and Muskoka, Ontario, Canada. Journal of rural studies, v. 39, p. 133-144, 2015.

MA, W.; et al. Tracing the Origins of Place Branding Research: a Bibliometric Study of Concepts in Use (1980–2018). Sustainability. 11, 2019. DOI: 10.3390/su11112999.

MARTINS, M. M. Tourism Planning and Tourismphobia: An Analysis of the Strategic Tourism Plan of Barcelona 2010-2015. 2018.

MOTA, A.; LADEIRAS, A.; COSTA, J. Contributos para um modelo de planeamiento estratégico em turismo. In: Conocimiento, innovación y emprendedores: Camino al futuro. Universidad de La Rioja, 2007. p. 219.

NUTTAVUTHISIT, K. Branding Thailand: Correcting the negative image of sex tourism. Place Branding and Public Diplomacy, v. 3, n. 1, p. 21-30, 2007.

OLIVEIRA, E; PANYIK, E. Content, context and co-creation: Digital challenges in destination branding with references to Portugal as a tourist destination. Journal of Vacation Marketing, v. 21, n. 1, p. 53-74, 2015.

PINHO, J. B. O poder das marcas. 3ª ed. São Paulo: Summus, 1996.

ROCHA, R. A gestão descentralizada e participativa das polí­ticas públicas no Brasil. Revista Pós Ciências Sociais, v. 6, n. 11, p. 41-57, 2012.

ROSAL, Tiago Filipe Castro Almeida Arnaud. Novas estratégias na polí­tica promocional para o turismo brasileiro. Universidade Brasí­lia- UNB. Brasí­lia, 2018

SANCHO, A.; IRVING, M. de A. Interpretando o Plano Nacional de Turismo 2003/2007 sob a ótica da inclusão social. Caderno Virtual de Turismo, v. 10, n. 3, 2010.

SANSOLO, D. G. Centralismo e participação na proteção da natureza e desenvolvimento do turismo no Brasil. In: BARTHOLO, R., SANSOLO, D. G, BURSZTYN, I. (Org.). Turismo de base comunitária: diversidade de olhares e experiências brasileiras. Rio de Janeiro: Letra e Imagem, 2009. p. 122-141.

SEDETUR/RS. SECRETARIA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TURISMO. História da Secretária. Governo do Estado do Rio Grande do Sul, 2020. Disponí­vel em: https://sedetur.rs.gov.br/historia-da-secretaria

SETUR/RO. SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DE TURISMO. Visão e Missão. Governo Estadual de Rondônia, 2020. Disponí­vel em: http://www.rondonia.ro.gov.br/setur/sobre/visao-e-missao/

SETUR/RN. SECRETARIA ESTADUAL DE TURISMO. Institucional. Governo do Estado do Rio Grande do Norte, 2020. Disponí­vel em: http://setur.rn.gov.br/?page_id=3721

SILVEIRA, C.; MEDAGLIA, J.; PAIXíO, D. L. D. Polí­tica pública de turismo no Brasil: evolução estrutural, alterações da lógica partidária e as tendências recentes de apoio ao turismo massificado. In: PIMENTEL, T. D.; EMMENDOERFER, M. L.; TOMAZZONI, E. L. (Org.). Gestão pública do turismo no Brasil: teorias, metodologias e aplicações. Caxias do Sul: EDUCS, 2014. p. 65-9.

SOARES, E.; EMMENDOERFER, M.; MONTEIRO, L. Gestão pública no turismo e o desenvolvimento de destinos turí­sticos em um estado da Federação Brasileira: uma análise do planejamento estratégico do turismo em Minas Gerais (2007-2010). Tourism & Management Studies, v. 9, n. 2, p. 50-56, 2013.

SOLHA, K. T. Órgãos públicos estaduais e o desenvolvimento do turismo no Brasil. 2004. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

SOUZA, A. C; NOIA, A. C; PINHEIRO, L. I. F. Desenho institucional das polí­ticas públicas de turismo no estado da Bahia. Revista Econômica do Nordeste, v. 48, n. 4, p. 107-121, 2017.

TRINDADE, R. Circuitos turí­sticos mineiros: descentralização, autonomia e gestão em relação ao turismo com base local (finais dos anos 90-tempo presente). 2009. Dissertação (Mestrado Profissional em Turismo - Mestrado) – Universidade de Brasí­lia, Brasí­lia, 2009.

VOLO, S. Bloggers' reported tourist experiences: Their utility as a tourism data source and their effect on prospective tourists. Journal of Vacation Marketing, v. 16, n. 4, p. 297-311, 2010.

VIEIRA, A. R. M. Planejamento e Polí­ticas Públicas de Turismo: análise dos módulos operacionais do Programa de Regionalização do Turismo no Pólo São Luis-MA. 2011. Dissertação (Mestrado Profissional em Turismo - Mestrado) – Universidade de Brasí­lia, DF, Brasí­lia, 2011.

WTTC. Tourism economic impacts: regional results 2018, 2019 Disponí­vel em: https://www.wttc.org/economic-impact/benchmark-reports/regional-results/. Acesso em: 17/01/2020.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2015.

Publicado

05.06.2022

Como Citar

Almeida, G. G. F. de, Bridi, G., Araújo Júnior, E. M. de, Silva, N. C. S. da, & Damasceno, M. L. B. (2022). MARCA TERRITORIAL COMO ESTRATÉGIA NOS PLANOS ESTADUAIS DE TURISMO: OS CASOS RN, RO E RS. Revista Brasileira De Gestão E Desenvolvimento Regional, 18(2). https://doi.org/10.54399/rbgdr.v18i2.5371

Edição

Seção

Artigos